quarta-feira, 11 de novembro de 2009

quinta-feira, 20 de agosto de 2009


Trecho de O Código da Inteligência,de Augusto Cury
Capítulo 1
A definição da inteligência: o Homo sapiens, um ser além dos limites da lógica
As três grandes áreas que definem a inteligência
Ao definir nos próximos parágrafos o que é inteligência gostaria que o leitor não acostumado a esses conceitos não se desanimasse. Será uma sintética exposição. Para a Psicologia Multifocal a definição de inteligência é abrangente e como o próprio nome da teoria diz, é multifocal, multidinâmica, multifatorial. Alguns autores também sugeriram que a inteligência é multidimensional e modificável (Feurstein, 1980). O conceito global de inteligência entra em três grandes estágios ou três grandes áreas. As duas primeiras são inconscientes e a última, consciente.
A primeira área é mais profunda, refere-se aos fenômenos inconscientes que atuam em milésimos de segundos no resgate e na organização das informações da memória e conseqüentemente na construção de pensamentos e emoções. Essa produção é registrada milhares de vezes por dia pelo fenômeno RAM (registro automático da memória), construindo a plataforma que forma o Eu, que é a expressão máxima da consciência crítica e capacidade de escolha. Tudo o que percebemos, sentimos, pensamos, experimentamos, tornam-se tijolos na construção dessa plataforma de formação do Eu.
A segunda área se refere ao corpo das complexas variáveis que influenciam em pequenas frações de segundos os fenômenos que lêem a memória e produzem os pensamentos, imagens mentais, idéias e fantasias. Entre essas variáveis destaco "como estou" (estado emocional e motivacional), "quem sou" (a história existencial arquivada nas janelas da memória), "onde estou" (ambiente social), "quem sou geneticamente" (natureza genética e a matriz metabólica cerebral) e o "como atuo como gestor da psique" (o Eu como diretor do roteiro de nossa história).
Normalmente, as teorias enfatizam os aspectos psíquicos, sociais e genéticos na construção da inteligência. Alguns pensadores se fixaram na interação entre as duas grandes forças geradoras do desenvolvimento em geral, e da inteligência em particular, a natureza e a cultura. "Não é uma competição, é uma dança" (Sternberg, 1990). Sim, de fato há uma dança dinâmica de variáveis, mas que ultrapassa essas duas grandes forças geradoras.
Como vimos, além da variável genética e cultural estão, em primeiro plano, as variáveis "como atuo como gestor do psiquismo" e o "grau de abertura das janelas da memória" determinado pelos estados emocionais (alegria, tranqüilidade, humor depressivo, ansiedade). Ao estudar esses outros fatores descobrimos que a mente humana é mais complexa do que imaginamos.
Por exemplo, pensávamos no passado que somente quem teve uma infância com traumas, saturada de perdas e frustrações adoeceria, desenvolveria transtornos psíquicos e psicossomáticos. Pobre engano! Sabemos hoje que mesmo os que gozaram de uma infância feliz e sem traumas, que tiveram o privilégio de ter pais amorosos, generosos, solidários, podem ter uma vida psíquica miserável na adolescência e na vida adulta se não aprenderam a decifrar alguns códigos fundamentais ao longo do processo de formação da personalidade.
Poderão ser vítimas dos estresses financeiros, estresses existenciais, perdas, competição predatória, frustrações, preocupações excessivas; enfim, de uma série de variáveis que dilapidam seu patrimônio psíquico, em especial seu prazer de viver.
Outro exemplo: acreditamos ingenuamente que temos pleno domínio do processo de construção de pensamentos, idéias, imagens mentais. Não é verdade. Podemos dominar computadores, carros, aviões, mas não temos o domínio completo da mais incompreensível das máquinas: a mente humana. Quantos pensamentos inquietantes perturbam nossa tranqüilidade sem que os tenhamos produzido conscientemente? Quantas idéias fóbicas transitam pelo palco psíquico sem que tenhamos permitido que fossem construídas pela vontade consciente?
O Eu como gestor psíquico, administrador do intelecto, é apenas um dos códigos da inteligência. Se mesmo sendo um bom gestor psíquico não dominamos completamente os pensamentos e as emoções da complexa mente humana, imagine se não decifrarmos esse código, imagine se abrirmos mão dessa gestão que ocorre nessa segunda grande área da inteligência.
Nesse caso, se usarmos um veículo como uma analogia da mente humana, podemos dizer que somos amordaçados no banco de passageiro como espectadores passivos de uma viagem que não programamos. Aliás, diariamente milhões de pessoas viajam em suas mentes no território das fobias, das preocupações doentias, da ansiedade, sem ter programado essa viagem. Entraram em um filme de terror que não queriam assistir. O dramático é que o filme roda na sua mente. Não há tecla para desligar o aparelho mental.
Ao estudarmos a primeira e segunda grande área da inteligência podemos concluir que Homo sapiens, capaz de desenvolver equações matemáticas, fórmulas físicas e lógicos programas de computador, pode ser tão ilógico a ponto de produzir reações agressivas, desproporcionais, irracionais.
Peritos em lidar com números podem perder sua lógica e reagir estupidamente à mínima contrariedade. Médicos aparentemente dosados diante de seus pacientes, podem reagir sem qualquer controle ao serem questionados por seus pares. Na realidade, o Homo sapiens, seja ele um psiquiatra ou paciente, matemático ou aluno, é micro ou macro de acordo com cada momento existencial. Ninguém é plenamente estável e coerente. O nível de flutuação apenas determina o grau de nossas doenças.
A terceira grande área da inteligência se refere aos resultados das duas primeiras áreas. Nessa área se encontram os comportamentos perceptíveis, capazes de serem analisados, avaliados, aferidos. Nessa área se evidencia a rapidez de raciocínio, o grau de memorização, a capacidade de assimilação de informações, o nível de maturidade nos focos de tensão, bem como os patamares de tolerância, inclusão, solidariedade, generosidade, altruísmo, segurança, timidez e empreendedorismo.
Na terceira área da inteligência, segundo o conceito da Psicologia Multifocal, é que são feitos os mais variados testes para se medir os mais diversos tipos de quocientes de inteligência. Entretanto, todos os testes são circunstanciais, parciais e incompletos. Nenhum deles é definitivo. Habilidades que são detectadas em uns, não são em outros. Capacidades que são aferidas em um momento, se mudamos as variáveis (como estou, onde estou, níveis de gestão psíquica), não são aferidas em outros.
Não vou entrar em muitos detalhes teóricos e científicos sobre essas áreas nesta obra de aplicação psicológica, mas gostaria de dizer que os códigos da inteligência envolvem as três áreas. Decifrá-los e aplicá-los são processos conscientes, mas ao fazer esse exercício atingiremos as regiões inconscientes, as camadas mais profundas da inteligência humana, ainda que não percebamos.
Destacarei oito códigos da inteligência mais relevantes. Grande parte do que a imprensa escreve é texto de auto-ajuda, orientação para os leitores fazerem suas escolhas, apesar de alguns jornalistas não admitirem e nem gostarem dessa linha literária.
Gosto muito de escrever livros de ficção. Mas vários dos meus livros são de "não-ficção". Alguns deles são classificados erroneamente como auto-ajuda. Os que os classificam assim, não entendem quais são as gritantes diferenças entre um livro de auto-ajuda e um livro de ciência aplicada; enfim, de psicologia, psiquiatria, pedagogia e filosofia aplicada. Apesar das minhas enormes limitações, procuro democratizar o conhecimento sobre o funcionamento da mente extraído da teoria que desenvolvi.
Meu objetivo é disponibilizar ferramentas para estimular o debate de idéias, para que os leitores aprendam a atuar em seu psiquismo, a desenvolver consciência crítica, proteger sua emoção, tornarem-se gestores da sua mente e serem capazes de expandir seu potencial intelectual e prevenir transtornos psíquicos.


sábado, 9 de maio de 2009

O CÓDIGO FOS JUSTOS

Autor: BOURNE, SAM
Editora: RECORD
Assunto: LITERATURA ESTRANGEIRA - ROMANCES

Sob o pseudônimo de Sam Bourne, o premiado jornalista inglês Jonathan Freedland entrou no reino da ficção com o pé direito. Com ares de romance policial e um repórter como protagonista, 'O código dos justos' consegue subverter a onda atual e mostra que nem toda trama conspiratória com fundo religioso precisa ser sem imaginação. O livro traz um enredo bem bolado, diálogos afiados e um desfecho pra lá de inesperado. Dois assassinatos em extremos opostos dos Estados Unidos - um nas ruas do submundo de Nova York, o outro nas matas de Montana. Uma série de assassinatos em cada canto do globo, das superpovoadas favelas da Índia às prístinas praias da Cidade do Cabo. Não pode haver alguma ligação. Pelo menos é o que acredita Will Monroe, um jovem repórter do New York Times. Até a manhã em que sua mulher é seqüestrada. Os que a mantêm em cativeiro parecem dispostos a matá-la sem hesitação. Desesperado, Will segue uma trilha que o leva a uma misteriosa seita - fervorosos seguidores de uma das mais antigas crenças da humanidade. Terá de desvendar múltiplas camadas de misticismo e antigas profecias, desenterrar os enigmas enterrados no fundo do Antigo Testamento. Até descobrir o segredo que dizem ter dado vida ao mundo por centenas de ano, um segredo no qual talvez dependa o destino da Humanidade. 'O código dos justos' arrasta o leitor para as mais secretas profundidades do misticismo e para as profecias da Cabala. Visionário e inquietante, este romance de ritmo trepidante convoca a morte, a mística e a Bíblia.

COMER, REZAR E AMAR

Autor: GILBERT, ELIZABETH
Editora: OBJETIVA
Assunto: BIOGRAFIAS, DIÁRIOS, MEMÓRIAS E CORRESPONDÊNCIAS
Em torno dos 30 anos, Elizabeth Gilbert enfrentou uma crise da meia-idade precoce. Tinha tudo que uma americana instruída e ambiciosa teoricamente poderia querer - um marido, uma casa, um projeto a dois de ter filhos e uma carreira de sucesso. Mas em vez de sentir-se feliz e realizada, foi tomada pelo pânico, pela tristeza e pela confusão. Enfrentou um divórcio, uma depressão debilitante e outro amor fracassado, até que se viu tomada por um sentimento de liberdade que ainda não conhecia. Foi quando tomou uma decisão radical - livrou-se de todos os bens materiais, demitiu-se do emprego, e partiu para uma viagem de um ano pelo mundo - sozinha.